terça-feira, setembro 14, 2010

Bico bico sarabico

Bico bico sarabico
Quem te fez tamanho bico?
Foi a vaca chocalheira que pôs ovos na ribeira
Para a filha da tendeira que é gulosa e lambedeira!
Varre varre vassourinha
Varre varre vassourão
Tira a mão que é caca de cão.


Lengalenga popular

quinta-feira, agosto 05, 2010

Licores ... com espírito silvestre


Licores....

Bebidas sedosas de indescritíveis texturas ...
... que apelam ao despertar dos mais puros sentidos ...
... que reconfortam numa noite quente de Inverno à volta da lareira ...
... ou que refrescam numa solarenga tarde de Verão!

É infinita a panóplia de licores que se podem imaginar e elaborar...

Basta ter um pouco de astúcia, saber quais os ingredientes básicos e depois é só deixar fluir a imaginação...

Realço aqueles que vão buscar inspiração ao seio da mãe natureza, que transportam consigo as essências e os benefícios das plantas silvestres que crescem ao sabor do vento, ao respingar de uma alvorada, ao cair de uma tarde de aragem fresca...

Já sentiu a envolvência dos aromas?!...

Deixo aqui com gratidão a minha sugestão:

Licor de Amoras e Abrunhos Silvestres

Ingredientes:
0.5 l de aguardente
0.5 l de água
0.3 kg de açucar amarelo
Uma mão cheia de amoras silvestres frescas e bem maduras
Uma mão cheia de abrunhos silvestres frescos e bem maduros

Confecção:
Deixar macerar as amoras e os abrunhos juntamente com a aguardente durante cerca de um mês.

Ferver a água com o açúcar durante cerca de 5 minutos. Retirar do lume e adicionar a aguardente já coada. Deixar arrefecer e engarrafar.

Colocar em repouso durante cerca de 2 meses antes de consumir.

Depois é só deliciar-se...

quarta-feira, abril 28, 2010

Rios Vermelhos

E se eu vou por aí... quem sabe!
Correndo, recostado aos calcanhares da minha sombra
tentando alcançá-la nos contornos cortantes das pedras
do muro... muro velho que o tempo teima em apagar,
levar para o esquecível onde o meu sangue coalha e forma
Rios vermelhos petrificados oriundos de enxurradas
Eu sei... ai eu sei...
Já não quero viver mais assim... quem sabe!..
Arde, arde por favor...
estala em ti tuas tábuas ressequidas
que outrora foram verdejantes
consome-te, desfaz-te, mirra-te
reduz-te a pó cinzento.

Sebast, Intemporal