sábado, agosto 20, 2011

Na noite alentejana

Sinto falta
Do cheiro noturno a pasto quente
Do chocalhar das vacas que pastam no restolho
Do voar baixo do mocho ao sair da toca da azinheira,
empoleirando-se na cerca
Do grito do alcaravão que anuncia a escuridão da noite
Do planar suave e alvo da coruja que cintila ao luar
Do cante do grilo que entoa pelos vales
Da via láctea presa ao infinito do céu estrelado
Sinto falta de me deitar na frescura da noite, sobre a terra…

Monte do Vale e Leiria, Agosto de 2011