quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Reflexos entre dois mundos

Ao esvaziar a Lua Cheia, deixo de ver a água tépida que corria por entre as pedras do rio de água fossilizada.
Fica a penumbra dos galhos das árvores inexistentes que acalentavam outrora uma corrente inesgotável de vida.
De entre os últimos suspiros vitais saem as primeiras energias confusas, gloriosas por merecerem a bênção do além.
Um novo mundo começa a encher-se de almas vazias que vagueiam pelos espelhos sombrios dos sucumbidos seres apodrecidos.
Formas voláteis e moldáveis nas mais imagináveis espiritualidades, reúnem-se na mesma fonte onde se interiorizam, onde me encontram...


Sebast, 04-11-99

Um comentário:

Rosa Negra disse...

Uma forma muito interessante de aludir à morte...gostei muito...